Dando prosseguimento às suas políticas de relações internacionais, a Sociedade Brasileira de Anestestesiologia (SBA) enviou, em janeiro, uma delegação à Carolina do Norte (EUA) para a realização de um intercâmbio educacional com o American Board of Anesthesiology (ABA).

Na ocasião, os representantes da SBA puderam conhecer de perto o funcionamento e a estrutura do ABA. Atualmente com cerca de 70 funcionários, o ABA é a entidade americana que desenvolve e aplica os exames para avaliação dos residentes e certificação da especialidade de Anestesiologia,
bem como os de Dor, Terapia Intensiva e Anestesia Pediátrica. Estes certificados não são definitivos e, por isso, demandam renovação constante por meio do
Programa de Manutenção de Certificação em Anestesiologia (MOCA).

“Passamos quatro dias aprendendo como funciona o sistema de elaboração de questões para o Título de Especialista Americano, Residência e Recertificação. Percebemos o grande potencial para o desenvolvimento de um sistema de avaliação quando se tem um banco de questões e de análise psicométrica”, ressaltou a diretora científica da SBA, Maria Angela Tardelli. Ela destacou ainda a importância de se ter uma estrutura própria para a realização do teste oral e de avaliação em cenários clínicos, tal como puderam verificar nas instalações do ABA.

Ao final do intercâmbio, toda a delegação entendeu que uma parceria com o ABA seria muito proveitosa e bem vinda para a SBA e seus associados. “Além de vislumbrar uma parceria com o ABA, ficamos muito orgulhosos ao constatar que a SBA desempenha, hoje, funções que, nos EUA, são tarefas de três entidades. Além do ABA, há naquele país, a ASA – responsável pela defesa profissional e educação continuada de seus membros – e o Accreditation Council for Graduate Medical Education (ACGME) – que supervisiona o funcionamento das residências médicas americanas. Nós, que somos a terceira sociedade de anestesiologia em número de associados no mundo, fazemos todas essas tarefas – com qualidade certificada – dentro de uma única entidade”, explicou o diretor financeiro da SBA, Augusto Takaschima, que também está à frente das ações internacionais da SBA.

Na avaliação de Takaschima, ações internacionais como essa – feita junto ao ABA – são fundamentais para buscar o conhecimento e melhorar cada vez mais os serviços prestados pela entidade. “É preciso manter o legado dos antecessores que estiveram à frente da SBA. Para isso, temos que buscar ampliar a qualidade dos serviços prestados pela entidade brasileira aos anestesiologistas. O TEA, TSA e CET são marcas fortes dentro da anestesiologia brasileira. É tarefa para os próximos anos desenvolver um banco de questões, capacitar voluntários da SBA a elaborar provas, permitir que mais membros possam contribuir e aprimorar nosso sistema de avaliação com dados psicométricos. E, claro, entendemos ser importante estudar mecanismos de recertificação”.

Além de Takaschima e Maria Angela, fizeram parte da delegação da SBA o dr. Rodrigo de Lima e Souza (Comissão TSA), dra. Catia Sousa Govêia (Comissão de Educação Continuada) e dr. Roberto Benedetti (Comissão de Ensino e Treinamento). Representando a Saesp, esteve presente a dra. Lais Helena Navarro e Lima.