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Leia nesta edição da Anestesia em Revista: EFEITO BORBOLETA, TEORIA DO CAOS E FRACTAIS: NOVOS HORIZONTES DA MATEMÁTICA NA MEDICINA E NA ANESTESIOLOGIA

Alexandre A. Guedes

  • TSA/SBA
  •  Médico anestesiologista do Hospital Universitário da  Universidade Federal de Juiz de Fora-MG
  • Professor de Anestesiologia e Medicina Perioperatória da  Faculdade de Medicina de Barbacena-MG
  • CEO do Sinapse Anestesia

1) O efeito borboleta

Em 1969, o matemático e meteorologista americano Lorenz, ao desenvolver um modelo de previsão meteorológica, cumpriu as etapas do processo (início, meio e fim) inserindo dados na entrada do sistema (início); obteve assim certa previsão. Ao tentar repetila e já tendo os dados de entrada, resolveu agora partir do meio do processo. Para facilitar, resolveu usar apenas três casas decimais após a vírgula, ao invés das seis inicialmente usadas. Para sua surpresa, as previsões foram totalmente diferentes daquelas obtidas anteriormente, a despeito de não ter ocorrido quaisquer erros nos cálculos (1).

Lorenz percebeu que a previsão do tempo era algo difícil de ser feito, porque pequenas variações num determinado dado foram capazes de alterar, de modo gritante, os padrões da previsão do tempo, para dias e semanas adiante. Daí, ele afirmou que o bater das asas de uma borboleta no Brasil era capaz de alterar o clima no Texas. A esta dependência sensível nas condições iniciais de um sistema, ele chamou de “efeito borboleta” (1,2).

Quem nunca já culpou o destino por acontecimentos absolutamente fortuitos, resultados de pura sorte ou azar? Talvez haja mais mistérios nos acontecimentos do que julgamos sequer imaginar.

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