Notícias Leia nesta edição da Anestesia em Revista: COLOAD E PRELOAD NA CESARIANA: AINDA HÁ ESPAÇO? comunicacaosbahq-org maio 3, 2024 Compartilhe Por: Larissa Goveia Moreira Instrutora corresponsável pelo CET Hospital de Base do Distrito Federal Presidente do Comitê de Obstetrícia da SBA Diretora administrativa da Sociedade de Anestesiologia do Distrito Federal A raquianestesia é técnica padrão-ouro para cesariana, pois tem rápida latência, bloqueio neural denso, baixa massa de anestésico local (AL) e mantém a consciência da mãe, otimizando a relação da mãe com o recém-nascido na primeira hora do nascimento.(1) No entanto, a técnica não é isenta de riscos. A simpatectomia promovida pela dispersão do AL no neuroeixo provoca a diminuição da resistência vascular sistêmica, levando à redução do retorno venoso e do débito cardíaco. Em condições normais, o efeito esperado seria a estimulação de baroceptores, com aumento da frequência cardíaca para compensar a redução do débito. Entretanto, o bloqueio anestésico na cesariana precisa atingir níveis torácicos altos, que são também responsáveis pela resposta cardioaceleradora. A consequência é o predomínio do reflexo Bezold-Jarisch, que resulta em hipotensão arterial acompanhada de bradicardia em resposta à redução do retorno venoso.(2) A hipotensão arterial resultante da raquianestesia traz consequências para a mãe e para o feto. Na mãe, pode provocar náuseas e vômitos, perda de consciência, broncoaspiração e até parada cardiorrespiratória. Já no feto, pode causar hipóxia, acidose e retardar o reflexo de sucção, atrasando a amamentação por até sete dias.(2) O tempo de hipotensão é mais prejudicial que a gravidade. Hipotensão acima de 2 minutos é suficiente para liberar oxipurinas e peroxidase lipídica no cordão, sugerindo isquemia-reperfusão.(3) Por isso, a hipotensão arterial deve ser evitada de maneira ativa durante a cesariana sob raquianestesia. Várias técnicas são propostas para evitar a hipotensão decorrente da raquianestesia. A primeira delas é o desvio uterino para esquerda, no intuito de evitar a compressão aortocava. O desvio de 15 graus é efetivo, mas dificilmente conseguido na prática clínica. Por isso, o desvio manual deve ser realizado até o início da cirurgia.(3) Clique no botão abaixo e leia o artigo na íntegra na Anestesia em Revista – Ano 2024| Número 1 Leia a Anestesia em Revista na íntegra Navegação de Post AnteriorAnestesia em Revista – publicações exclusivas a serviço do associadoPróximoDescubra as novidades da programação científica do CBA 2024