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Fontes
Sociedade Brasileira de Anestesiologia Cartilha “Anestesia Segura” Sociedade de Anestesiologia do Estado do RJ – www.saerj.org.br SEMESP – Serviços Médicos São Paulo – www.semesp.com.br Site oficial do Dr. Drauzio Varella – www.drauziovarella.ig.com.br
É fundamental que o paciente e sua família conheçam o anestesiologista com antecedência. Hoje, o médico anestesiologista já começa a ter o seu próprio consultório, onde é realizada a consulta pré-anestésica. O importante é que o paciente conte toda a sua história ao anestesiologista: seus hábitos, problemas de saúde, remédios que toma ou tomou, reações alérgicas a medicamentos e experiências anteriores com o uso de anestésicos. O paciente não deve deixar de perguntar quais são os exames de laboratório necessários, horário de internação e se é necessário jejum, lembrando que a água está incluída no jejum. O paciente deve pedir esclarecimento e orientação sobre o tipo de anestesia a que será submetido. Isso lhe dará mais segurança e tranqüilidade. Deve ainda informar ao médico anestesiologista se tem, ou já teve, doenças como asma, diabetes, hipertensão, insuficiência cardíaca ou infarto do miocárdio.
Raros são os medicamentos que precisam, temporariamente, ser suspensos, antes da cirurgia. Quem decide isso é o médico anestesiologista. Se o paciente usa alguma droga ilegal, como cocaína, crack, maconha, faz uso de estimulantes ou anabolizantes, ou ainda é portador de doença infectocontagiosa, ele não deve deixar de falar com o anestesiologista sobre isso. Como médico, ele tem obrigação legal de guardar segredo profissional, não só sobre esse assunto, como sobre qualquer outro. Quanto mais informações o paciente der, melhor. Com todas as informações sobre o paciente, juntos, o anestesiologista e o cirurgião, terão melhores condições de realizar seus trabalhos com sucesso.
O paciente pode ser submetido à: Anestesia Local: uso de anestésico local, aplicado somente no local da cirurgia. Anestesia Regional: uso de anestésico local em área de abrangência maior em relação à região do corpo onde será realizada a cirurgia (ex.: raquianestesia para cirurgia de varizes). Anestesia Geral: o paciente fica inconsciente. Pode ser aplicada por via intramuscular, na veia ou por inalação (através da respiração, o anestésico é inalado e entra no organismo pelos pulmões).
O anestesista, após avaliar o paciente, apresentará as opções tecnicamente possíveis para a cirurgia em questão. Vantagens e desvantagens de cada alternativa deverão ser apresentadas, assim como possíveis complicações. Ao final da consulta, o anestesista e o paciente decidirão, conjuntamente, que tipo de anestesia será administrada, considerando-se, portanto, aspectos técnicos e a autonomia do paciente.
Cirurgia significa o tratamento de doenças utilizando-se de processos operatórios manuais e instrumentais, estando implícito, portanto, maior ou menor agressão à integridade do corpo, o que, em pessoas normais, irá determinar o desencadeamento do sintoma doloroso. Assim, a boa prática médica moderna impõe o emprego de algum método anestésico durante a realização de procedimentos cirúrgicos.
Existem muitos procedimentos que dispensam o acompanhamento do anestesiologista, pois, por necessitarem de baixas doses de anestésicos locais, podem ser realizados pelo próprio cirurgião sem maiores riscos. Geralmente, são cirurgias mínimas, como a retirada de uma lesão na pele, por exemplo. De qualquer modo, ainda nestes mesmos procedimentos, pode vir a ser imprescindível a presença do anestesiologista, como em casos de crianças ou pacientes muito ansiosos.
Sim, qualquer paciente deve conhecer seu anestesiologista antes de submeterse a uma cirurgia. O anestesiologista, para bem realizar o ato anestésico, deverá conhecer o estado de saúde do paciente, assim como os pontos importantes de sua história clínica atual e passada. Essa entrevista será mais bem realizada em uma consulta ambulatorial prévia à internação do paciente para a cirurgia programada, mas poderá ocorrer durante a internação, no momento da visita pré-anestésica, sempre obrigatória antes de qualquer anestesia.
Na anestesia local ou regional, o paciente pode ficar acordado ou não. Em cirurgias rápidas em pacientes calmos, não há necessidade de ficar inconsciente. Em cirurgias mais longas ou em pacientes mais nervosos, é comum a utilização de sedação, ou seja, o paciente ficará dormindo durante a cirurgia. Na anestesia geral, o paciente estará inconsciente durante todo o procedimento.
O tempo de duração de uma anestesia deverá ser proporcional ao tempo estimado para a intervenção cirúrgica. O anestesiologista poderá manter a anestesia por quanto tempo for necessário, sem interrupção.
A anestesia evoluiu muito nas três últimas décadas, de modo a permitir a realização de procedimentos cirúrgicos cada vez mais complexos. Ocorre, entretanto, que a anestesia se utiliza de medicamentos cada vez mais potentes, os quais, além de promoverem analgesia, inconsciência e relaxamento muscular, determinam efeitos outros, como por exemplo, a depressão da respiração e do ritmo cardíaco. Muitos destes efeitos são previsíveis e podem, na grande maioria das vezes, ser contornados pelo anestesiologista. Outras reações, entretanto, não são tão previsíveis e podem trazer problemas inesperados e mais difíceis de serem resolvidos. Felizmente, esses não são muito comuns. A questão do risco depende muito, também, do “O anestesiologista, para bem realizar o ato anestésico, deverá conhecer o estado de saúde do paciente, assim como os pontos importantes de sua história clínica atual e passada.” estado clínico do paciente, isto é, de doenças e fatores de risco que o paciente já possuía antes da realização da anestesia. Existem cirurgias, maiores e mais complexas, que também contribuem para que o risco do ato anestésicocirúrgico, como um todo, esteja aumentado.
São diversos os tipos de anestésicos que são utilizados em um procedimento cirúrgico, conforme a situação que se apresenta, com suas peculiaridades e necessidades. Também são diversos os tipos de efeitos colaterais dos anestésicos, nem sempre observados durante e após uma anestesia. Os mais comuns, entretanto, são náuseas e vômitos. “Dor de cabeça” também é um sintoma possível. Podem também acontecer calafrios e tremores, conforme o tipo de anestesia.
Pode-se dizer que o anestesiologista é o “guardião do paciente” durante o procedimento cirúrgico ou o exame a que ele será submetido. Suas responsabilidades, e as dos hospitais, estão detalhadamente descritas na Resolução nº 1802/06 do Conselho Federal de Medicina. O anestesiologista: monitoriza as funções vitais, intervindo e corrigindo imediatamente quando necessário; atenua as ações dos processos orgânicos gerados pela cirurgia (que chamamos de “trauma cirúrgico”); hidrata e repõe perdas de líquidos ou sangue e derivados, quando necessários; previne e estabelece uma estratégia para o controle da dor pós-operatória; controla a exposição do paciente a características do ambiente cirúrgico, tais como frio ou calor excessivo.
O anestesiologista deve observar o paciente até que tenham encerrados os principais efeitos relacionados à anestesia administrada. Para isto, há um setor especial, onde a maioria dos pacientes permanece após a anestesia e a cirurgia – a Sala de Recuperação Pós-Anestésica (S/RPA) – , onde o paciente será observado de maneira contínua.
Não. A Sala de Recuperação permite que o paciente tenha sua pressão arterial, freqüência cardíaca, respiração e nível de consciência observados em intervalos regulares, até que possa ter alta para o quarto ou enfermaria em condições seguras e com a dor controlada. Alguns pacientes, considerados graves ou submetidos a grandes cirurgias, podem passar pela Sala de Recuperação ou serem encaminhados diretamente para os Centros de Tratamento Intensivo – CTI.
Em alguns casos, sim. Quando, por exemplo, a cirurgia ou exame forem realizados no denominado “regime ambulatorial”, isto é, sem que o paciente pernoite no hospital. A alta hospitalar só ocorrerá após o médico anestesiologista se certificar que houve recuperação completa das funções vitais do paciente. E, mesmo assim, somente com a presença de um acompanhante.
O médico anestesiologista deve possuir o Título de Especialista em Anestesiologia. Este título é obtido após treinamento de três anos em hospital credenciado pelo Ministério da Educação e/ou pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia.