Tutorial 466 – Anestesia para Craniotomia e Ressecção de Tumor

Toby Keown1†, Sonia Bhangu2, Sandeep Solanki3
1Residente em Anestesia, Hospitais Universitários de Coventry e Warwickshire, Reino
Unido 2Anestesista Consultor, Hospitais Universitários de Coventry e Warwickshire,
Reino Unido 3Neurocirurgião Consultor, Hospitais Universitários de Coventry e
Warwickshire, Reino Unido
Editado por: Matthew Doane, Especialista Sênior, Departamento de Anestesia e
Controle da Dor, Hospital Royal North Shore, Australia
†Email do autor: toby.keown@doctors.net.uk
Publicado em 22 de fevereiro de 2022

PONTOS PRINCIPAIS

  • Os objetivos hemodinâmicos intra-operatórios visam manter a perfusão cerebral equilibrada apesar das comorbidades basais do paciente.
  • A monitorização neurofisiológica intraoperatória é otimizada evitando anestésicos voláteis e o bloqueio neuromuscular intraoperatório, concomitantemente à manutenção da pressão arterial média e normotermia.
  • A permanência na unidade de terapia intensiva pós-operatória geralmente não é necessária em pacientes sem complicações submetidos a ressecções tumorais simples

INTRODUÇÃO
Os tumores cerebrais primários representam uma pequena fração dos cânceres em geral, mas representam um risco significativo de morbidade e mortalidade a longo prazo.1 A anestesia para craniotomia requer uma avaliação pré-operatória direcionada, um objetivo intraoperatório na manutenção da perfusão cerebral e na prevenção de fatores que possam
prejudicar a avaliação neurológica pós-operatória imediata. Neste tutorial, aborda-se considerações anestésicas no transoperatório de pacientes submetidos à craniotomia eletiva e à ressecção de tumor cerebral.
Os tumores cerebrais primários podem ser classificados de acordo com sua origem celular, sendo os tumores de células da glia os mais comuns. Os subtipos são astrocitomas e o rapidamente progressivo glioblastoma multiforme. Os tumores não gliais e tipicamente benignos incluem os meningiomas, schwannomas e adenomas de hipófise.
2,3 A apresentação é heterogênea e os sintomas estão frequentemente relacionados à localização do tumor e ao efeito de massa associado. Sendo assim, os sinais clínicos mais comuns são cefaleia, convulsões e déficits neurológicos focais.3

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